Qualquer ser humano com acesso à internet ou aos diversos canais de comunicação, principalmente às redes sociais, observou o boom tecnológico causado pelo avanço da Inteligência Artificial nos últimos meses. 

O ChatGPT, desenvolvido pela Open AI, e o Dall-E 2 são alguns dos chatbots que mais entraram em pauta. Com recursos que contemplam desde a criação de imagens até textos que imitam – e até substituem, em certos casos – a linguagem humana, a grande questão que as IAs têm levantado ultimamente é: seremos substituídos? 

A resposta mais imediata para essa pergunta é, seguramente: NÃO! 

Mas, se você quer entender um pouquinho mais sobre como o avanço das IAs impacta diretamente nas nossas atividades profissionais – e, em menor escala, individuais -, esse artigo pode te ajudar. 

 

Antes de tudo: o que é Inteligência Artificial?

 

Em poucas palavras, é uma área da ciência tecnológica focada no desenvolvimento de algoritmos e sistemas capazes de detectar, executar e agir com um nível de inteligência que se assemelha à dos humanos. 

É muito provável que você já tenha interagido alguma vez com a Siri, assistente virtual da Apple, ou pedido para a Alexa contar uma piada, tocar uma música ou lembrar você de algum compromisso importante. Dentre muitas atividades, a IA pode ser uma grande aliada na hora de otimizar processos, facilitar tarefas diárias e potencializar alguns resultados. 

Assim, é muito comum observarmos diversos robôs e sistemas que podem ler e interpretar dados, reconhecer padrões, tomar decisões e interagir com seres humanos e com o ambiente ao redor deles.

 

Mas, afinal, as IAs vão tomar o lugar dos seres humanos? 

 

É muito improvável que isso aconteça. Antes de mais nada, é preciso lembrar de uma premissa básica nessa relação entre os seres de carne e osso e os seres de fios e metais: sem os humanos, os robôs não existiriam. 

Ainda que as criações de Inteligência Artificial na contemporaneidade ultrapassem alguns limites humanos, os bots ainda precisam de nós, seja para a sua construção ou para a sua manutenção e programação. 

Por isso, é válido observar que a IA ainda tem as suas limitações e que a inteligência humana, aliada à capacidade de interpretar diferentes contextos e de discernir diante de diversos assuntos para a tomada de decisão, continuará sendo extremamente valiosa, necessária e insubstituível. Mas, considerando que a presença dos seres de fios já se tornou irreversível nos dias atuais, o que podemos fazer é tornar essa relação amistosa e útil. 

 

E como isso funciona na prática?

 

Na rotina de um redator, por exemplo, o ChatGPT pode ser um grande aliado na criação de um alto volume de textos em um curto período de tempo. Resumos, notas, atas, matérias, e muitos outros textos podem ser feitos, mas o olhar humano ainda se torna indispensável para avaliar se o que a IA produziu faz sentido, de acordo com o contexto, a cultura e as necessidades específicas do assunto. 

Nas campanhas de marketing ou no dia a dia de criadores de conteúdo, os recursos de IA podem ser ótimos suportes na leitura e identificação de padrões de comportamentos dos usuários, para a geração de insights e estratégias mais assertivas. Imagina só se você tivesse que analisar, separadamente, a jornada de 12 milhões de usuários em uma ação de marketing, em um site ou em uma loja virtual? É um trabalho que levaria pelo menos alguns meses para ser concluído. 

Com os bots, também é possível fazer a extração de dados pessoais e demográficos, assuntos em alta, tendências de consumo e mercado, tudo de forma mais ágil e rápida. É o paraíso para quem precisa dessas informações diariamente para traçar estratégias de conteúdo ou para definir os objetivos e o público-alvo de uma campanha, não é mesmo? 

Sem contar com as diversas possibilidades de criação de imagens e vídeos, que podem ser incorporadas à rotina dos designers e criativos. Unir criatividade e ferramenta operacional inteligente para potencializar o resultado final em peças publicitárias, criação de identidade visual, posts para as redes sociais e muito mais. 

A lista de possibilidades é extensa, mas o que fica claro é: precisamos continuar discutindo, entendendo e analisando o cenário e a evolução da IA ao nosso redor. Não com um olhar de receio, de suspense ou de recusa, mas com a abertura necessária e possível para compreender em que medida a IA pode ser uma aliada e, principalmente, onde os limites humanos podem se transformar em um espaço para a IA ocupar e ir além.